Qual é a tarde por achar
Em que teremos todos razão
E respiraremos o bom ar
Da alameda sendo verão,
Ou, sendo inverno, baste 'star
Ao pé do sossego ou do fogão?
Qual é a tarde por voltar?
Essa tarde houve, e agora não.
Qual é a mão cariciosa
Que há de ser enfermeira minha—
Sem doenças minha vida ousa —
Oh, essa mão é morta e osso ...
Só a lembrança me acarinha
O coração com que não posso.
Poesias Inéditas
Fernando Pessoa
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terça-feira, 28 de julho de 2009
A tua voz fala amorosa...
Postado por /> às 16:27
Marcadores: amor, Biblioteca Pública Virtual, Fernando Pessoa, poemas, poesia
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